Do livro "Múltiplos Letramentos, escola e inclusão social".
A autora Roxane Rojo, discutindo
as relações entre exclusão social e insucesso escolar afirma:
“Durante todo o século XX quase todo, até a década de 1990, a relação
da escola com os meios populares é de exclusão e de fracasso.” (ROJO, 2009,
p. 15)
Ela apresenta dados de pesquisas
(PME – Pesquisa Mensal de Emprego) produzidas entre 1984 e 1997 que mostram
elementos determinantes para a evasão escolar, tais como: reprovação,
desajustes familiares e condições socioeconômicas.
Embora na década final do século
passado e início do século XXI, o país tenha alcançado números positivos na
direção de uma mudança do quadro de exclusão escolar, e de seus impactos nos
letramentos, ainda estamos distantes de um percurso escolar significativo de
inclusão e de permanência. Em 2015, a evasão chegou a 11% do total de alunos
entre 4 e 17 anos (dados do PNAD), sendo que o percentual é maior em escolas
rurais.
Entendemos que a evasão não é um
acontecimento isolado nem repentino, é resultado de um processo de
desengajamento do estudante à escola. E esta, ao invés de reproduzir exclusões,
precisa também ser uma experiência de inclusão e de possíveis caminhos de
sucesso dos envolvidos.
Dessa forma, segue um questionamento para refletirmos:
como evitar a exclusão escolar e
tornar a experiência na escola um percurso significativo em termos de
letramentos e de acesso ao conhecimento?
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